Cronograma da comissão do impeachment será definido hoje

Dilma tem até 10 sessões da Câmara para apresentar sua defesa

A Comissão responsável por analisar o pedido de Impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados deve estabelecer um cronograma de trabalho nesta segunda-feira (21). Para o deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), o Congresso precisa ser célere, pois o país vive intensa crise política que influencia diretamente na economia, afastando investidores e diminuindo ainda mais a credibilidade. “O governo insiste em manter uma máquina administrativa pesada, cara, e isso não contribui para que o Brasil volte a girar a sua economia, gerar empregos e, principalmente, a ter o foco na melhoria da renda dos brasileiros. Essa situação precisa mudar com urgência e só conseguiremos isso com a saída.”

O colegiado foi instalado na última quinta-feira. Um dia depois, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu uma sessão extraordinária dando início à contagem do prazo para a petista. Há mais de seis meses a Câmara não atinge quórum para sessões às sextas-feiras. Há uma estratégia acordada entre partidos de oposição para que os parlamentares se revezem nos próximos dias a fim de garantir quórum em todas as sessões marcadas para os próximos dias.

Esta semana, se o calendário estipulado por Cunha e abraçado pela oposição for cumprido, serão contadas mais três sessões. Como a proposta do grupo é seguir neste ritmo todos os dias úteis, o prazo de Dilma deve expirar por volta do dia 5 de abril.
A base aliada tem negado rumores de que o Planalto vai antecipar sua defesa. Com a defesa em mãos, a comissão terá cinco sessões para elaborar um parecer e submeter a voto.

A expectativa é que a comissão conclua todo o trabalho em 30 dias.
O parecer da comissão será ainda submetido ao plenário da Câmara, onde Dilma terá o prazo de cinco sessões também para apresentar defesa. Caso seja acatado o pedido de impeachment, o processo seguirá para análise do Senado.

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