CPI do BNDES: Avaliação sobre Lula ter feito tráfico de influência não é fácil de fazer, declara Miguel Jorge

Em resposta ao questionamento do deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO), na CPI que investiga o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), nesta terça-feira (20), o ex-ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge se negou a responder se o presidente Lula praticou tráfico de influência no BNDES entre os anos de 2003 a 2015. “Não é uma avaliação fácil de fazer, talvez não consiga por alguma fraqueza metal”, admitiu Miguel Jorge.  Ele reconheceu, no entanto, que o uso de dinheiro do BNDES para pagamento de propina é tráfico de influência, e não lobby.

“E foi, justamente, com propina paga por empresa envolvida no Petrolão, financiada pelo BNDES, que o filho de Lula recebeu o pagamento de R$2,4 milhões”, afirmou Baldy. O deputado goiano enfatizou que a CPI precisa investigar os motivos que levaram construtoras a financiarem viagens e palestras do ex-presidente Lula. “Vamos averiguar o porquê de o ex-presidente ser patrocinado por empreiteiras financiadas pelo BNDES, que é subsidiado pelos impostos pagos pelo povo brasileiro. E ao final dessas viagens, mais empréstimos são concedidos”, destacou.

Baldy questionou, ainda, se Miguel Jorge participou de alguma negociação envolvendo o governo cubano sobre a concessão de empréstimos às obras do Porto de Mariel. “Em documentos recebidos por esta CPI, telegramas trocados entre as embaixadas do Brasil e Havana afirmam que Miguel Jorge e o ex-presidente Lula trataram de aditivo no valor de U$230 milhões. Gostaria de saber como essa situação realmente aconteceu?”, questionou.

Em resposta, Miguel Jorge afirmou que jamais tratou, prometeu ou disse que o BNDES faria empréstimos a Cuba ou a qualquer lugar. “Precisamos procurar saber quais documentos são esses e esclarecer os fatos”, acrescentou. “Nós precisamos ter a conclusão, pois esses telegramas são documentos oficiais do Itamaraty, ou a embaixada do Brasil em Havana está mentindo ou o nosso depoente realmente não se recorda das pautas tratadas em seu período como ministro”, finalizou Alexandre Baldy.

 

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